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EBD 3 AS DIMENSÕES DA MENSAGEM DE CRISTO (Mateus 5-7)

     O sermão da montanha tem sido um dos textos mais estudados pelos cristãos de todos os tempos. Ele traz as diretrizes para todos aqueles que se propõem a seguir a Jesus Cristo. Nesta lição daremos uma visão panorâmica deste sermão.

A RAZÃO DE SER DO SERMÃO – SUA OPORTUNIDADE (Mateus 5.1,2)

     Convém resgatarmos a figura do monte e o sentido figurado que evocava tanto na cultura judaica quanto nas culturas vizinhas. O monte é onde Deus fala. “O monte figura terrena quando está relacionada com Jesus, denota a esfera divina em contato com a história humana”.

     Subir ao monte, além de facilitar o discurso, indica que Jesus falaria da parte de Deus. No passado Moisés subiu ao monte para receber a Lei. Agora, Cristo lançaria os pilares da nova aliança. Ele se assenta, forma como os mestres judeus ensinavam, e os  seus discípulos se aproximaram para ouvi-lo.

AS BEM-AVENTURANÇAS – SEU SENTIDO ESPIRITUAL (Mateus 5.3-25)

     As beatitudes são proferidas e para cada uma delas há uma explicação.

     Os humildes herdarão o reino (v. 3). Eles são mais do que os materialmente pobres, são aqueles  que assumem diante de Deus a sua culpa e se arrependem.

     Os que chorão serão consolados (v. 4). Em Lucas 6.21 a promessa é que eles rirão. O consolo e o riso estão em perfeita sintonia com o espírito dos Salmos (30.5) e do Apocalipse (7.17;21.4); os que hoje choram serão consolados por Deus.

     Os mansos herdarão a terra (v.5). que paradoxo com o presente, quando os poderosos dominam impiedosamente sobre os fracos!

     Os que têm fome e sede de justiça serão fartos (v. 6). A injustiça tem caracterizado as civilizações. Esta beatitude contempla os que almejam a justiça com a intensidade com que sentem fome e sede.

     Os misericordiosos alcançarão misericórdia (v.7). Jesus mostra o paradoxo entre o reino e o mundo, onde os misericordiosos muitas vezes são tratados de forma cruel.

     Os limpos de coração verão a Deus (v.8). Arrependidos alcançaram o perdão. Verão a Deus porque desde agora podem contemplá-lo em seus corações.

     Os pacificadores serão chamados filhos de Deus (v.9). Os que promovem as guerras tratam os pacificadores como covardes. No reino de Deus os pacificadores são chamados de filhos do próprio Deus.

     Os perseguidos pela justiça herdarão o reino (v.10). Deus é justo e é pela sua justiça que clamamos. Aqueles perseguidos por causa do clamor por justiça herdarão o reino.

     Os que sofrerem pelo evangelho serão recompensados (v.12). Jesus anuncia que serão premiados aqueles que forem injuriados, perseguidos e caluniados por causa do reino. Terão sofrido todas as dificuldades em nome dos valores e princípios do reino.

     Jesus usa três figuras para mostrar a prática das beatitudes: sal, luz e cidade. O sal, além de ser um ingrediente precioso à culinária, conservava. Os discípulos, além de dar sabor e sentido à existência, devem conservar-lhe a verdadeira razão – servir a Deus. A luz dissipa as travas. Os discípulos devem brilhar “como as estrelas no céu” (Filipenses 2.15), dissipando trevas e servindo de guia aos que estão no caminho. A cidade edificada sobre o monte não pode ser escondida. O testemunho precisa ser evidente até para os de longe. De dia a acidade sobre os monte pode ser vista por destacar-se; de noite, pela luz que dela irradia.

LEI: ANTAGONISMO, ACRÉSCIMO OU CUMPRIMENTO (5.17-26)

     A tensão lei e evangelho remonta ao início do ministério de Jesus. Fariseus e saduceus tentaram flagrá-lo em infração. Mais tarde a igreja sofreu com o legalismo percebido em Atos e em Gálatas.

     A lei fora acrescida de comentários e explicações: O Talmude, os Targuns. Esses comentários, e ainda a tradição oral, receberam por parte dos judeus muita reverência e no tempo de Jesus eram mais observados que a lei em si. Mateus narra que Jesus veio cumprir a lei, e não destruí-la; e advertiu aos discípulos: “Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder à dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (v.20).

     A lei, revelação de Deus, encontrou seu cumprimento em Jesus, o próprio Deus (João 1.14); no passado Deus falara pela Lei, agora fala por Jesus (Hebreus 1). A diferença entre a Lei em Jesus Cristo e a ensinada pelos fariseus é que eles enfatizam a letra, e Jesus Cristo a essência, o espírito (2 Coríntios3.6).

ENSINOS PARA A VIDA CRISTÃ (Mateus 5.27 a 7.23)

     Os judeus tinham a lei e os comentários; Jesus era o cumprimento

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